Estiveram presentes os
representantes do Andes-SN, prof. Josevaldo Cunha, do Proifes, prof. Nilton
Brandão, do Sinasefe, Reinaldo Martins. O governo federal foi convidado, mas
não enviou representante. O prof. Cunha apresentou os princípios norteadores da
proposta do Andes-SN além de discorrer sobre o quadro comparativo no novo
enquadramento proposto em 13 níveis. O prof. Martins apresentou a proposta do
SINASEFE em seus diversos tópicos (princípios, níveis, formas de ingresso,
afastamentos etc.). O prof. Brandão apresentou os princípios que norteiam a
proposta de carreira sem se aprofundar em diversos pontos que estão na pauta de
negociação.
O prof. Asher Kiperstok complementou
a proposta do Proifes, elencando apenas dados sobre o gasto em educação nos
diversos níveis (básica, médio e universitária). O prof. Luis Filgueiras fez
uma breve exposição das convergências e divergências entre as várias propostas
de carreira em negociação e fez a discussão sobre as tabelas remuneratórias.
Durante os concorridos debates,
que se estenderam até as 19:30h com auditório lotado, algumas questões ficaram evidentes:
·
Cargo único ou dois cargos, magistério superior
e titular, como mecanismo para atrair professores em fim de carreira vindos de
outras universidades ou outros países?
·
Carreira com classes e níveis acompanhando os
padrões de carreiras existentes no exterior, ou carreira apenas com níveis cuja
base de avaliação é plano de trabalho do docente aprovado em sua unidade de
trabalho?
·
Piso e teto com valores de R$5.127,00 e
R$17.205,00 respectivamente tendo por referência a carreira de C&T, ou piso
de R$7.201,00 e teto de R$22.633,00 tendo como base o salário mínimo calculado pelo Dieese?
·
Quais as concepções de Universidade subjacentes
às propostas de carreira na mesa de negociação?
·
Carreira única atendendo à função docente mas
respeitando as diversidades inerentes a cada nível de educação, ou duas
carreiras com critérios distintos entre professores do magistério superior e do
ensino básico e técnico?
·
Critérios de progressão com base no impacto
quali-quantitativo do desempenho docente respeitando as diferentes condições de
trabalho oferecidas, ou com base em critérios numéricos-quantitativos gerais
respeitando parâmetros de excelência idealizados para todos?
·
Escolher entre propostas estabelecidas ou
construir uma proposta que acolha todas as necessidades com base em lutas
históricas e democráticas?
·
Como as diversas propostas poderão conter os
processos de desestruturação das universidades brasileiras implementados pelo
governo federal, sobretudo o Reuni, que prevê o aumento considerável das
matrículas e estudantes sem o respectivo aumento do número de docentes,
servidores técnico-administrativos?
Ficou evidente para todos que
este foi um debate inicial que demonstrou a necessidade de reflexões mais
aprofundadas sobre o que compõe e o que está por trás das propostas em
negociação. Novos debates e oficinas são imprescindíveis para que os professores
se apropriem e se posicionem sobre os principais pontos da reestruturação da
carreira.