quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Assembleia sexta 24 agosto


Assembleia Geral, sexta-feira, dia 24 de agosto
A nossa greve está em um momento importante. O governo se recusa a negociar e receber o Comando Nacional de Greve (CNG), e se recusa a dialogar com as nossas reivindicações. A proposta apresentada pelo Governo Dilma é, na verdade, um ultimato à categoria, do tipo "é pegar ou largar", apesar dos, aparentemente, sedutores valores, resolvemos, em 54 assembleias gerais pela rejeição da proposta por que ela aprofunda a desestruturação da carreira e leva, para as classes de associados e todos os professores com mestrado, a perdas salariais significativas.
Para mostrar o compromisso dos docentes com a universidade e a educação, elaboramos e protocolamos nos Ministérios da Educação (MEC) e  do Planejamento e Gestão (MPOG), uma contraproposta. Nela, tomamos como referência o piso e o teto proposto pelo governo. Mas, qual seria, então, a diferença entre a proposta do governo e a nossa contraproposta? A resposta simples e elementar é a seguinte: a nossa proposição mantêm as retribuições por titulação fixos, mantêm igualmente fixos os percentuais entre os regimes de trabalho. Mas, reduz a diferença entre os níveis para 4%. Ocorre que, ao contrário da proposta do governo, a contraposta reestrutura a carreira por assegurar os percentuais fixos de regimes de trabalho e retribuição  de titulação.
O impacto orçamentário da contraproposta é da ordem de 9,4 bilhões para atender cerca de 134 mil docentes, o gasto por docente seria da ordem de 7.014 reais em dois anos(2013/2014). Isso representa um valor irrisório face ao montante que o governo destinou para saldar as dívidas das instituições privadas de ensino superior, cerca de 15 bilhões. É um valor ínfimo em relação à desoneração fiscal destinada às indústrias, cujo montante ultrapassa cerca de 100 bilhões de reais. Antes de mais nada, o impacto orçamentário da proposta não é significativo se considerarmos a importância social do trabalho docente para construção de uma educação pública de qualidade, aspecto imprescindível ao desenvolvimento do país e que nenhuma nação seriamente comprometida com a educação abriu mão para seu desenvolvimento.
O momento é importante porque a data limite para se fechar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é 31 de agosto. Portanto, é fundamental fortalecermos nossas ações, especialmente quando o governo se nega a ouvir o conjunto do movimento docente e sua entidade sindical mais representativa. Por esta razão, exigimos a reabertura das negociações.
Convidamos todos os docentes da UFBA para Assembleia Geral do dia 24 de agosto, sexta-feira, às 14h, na Faculdade de Arquitetura.
Dilma, respeite os professores e reabra as negociações!
Quem valoriza a educação, valoriza o professor.