DOCENTES DA UFBA APRESENTAM CONTRAPROPOSTA PARA NEGOCIAÇÃO
COM O GOVERNO.
GREVE DOS DOCENTES DA UFBA CONTINUA APESAR DE DIRETORIA DO SINDICATO ENCAMINHAR CONTRA.
Os professores da Universidade
Federal da Bahia reunidos em assembleia, dia 02 de agosto, com a participação
de 225 docentes decidiram pela continuidade da greve, tendo um 1 voto contrário e duas abstenções.
Nesta assembleia, os docentes elaboraram ainda uma contraproposta a
ser discutida na mesa de negociação em
Brasília. Nela, os professores reivindicam que a reestruturação da carreira
respeite percentuais fixos de Retribuição de Titulação e Regime de Trabalho.
Nesta proposta reivindica-se que as classes e níveis não tenham perdas na sua
remuneração e efetivamente consigam ganhos salariais reais. Destacou-se ainda
que as condições de trabalho sejam contempladas, pois esse é um tema fundamental
na pauta dos professores.
A contraproposta é uma tentativa
de forçar o governo a dialogar e negociar com a categoria, pois depois de mais
de dois meses de greve, o governo afirmou de modo unilateral e sem atender os
itens da pauta de reivindicações, que as negociações estavam encerradas. Um
forma truculenta e arrogante de se relacionar com os docentes das universidades
federais e suas demandas pela recuperação da qualidade da educação superior no
Brasil.
Ainda por ampla maioria, os professores
repudiaram a conduta do Proifes-Federação, entidade nacional, que, à revelia
das categorias e assembleias, encaminhou pela aceitação e assinatura do acordo
com o governo federal. Desconsiderando, portanto, a posição contrária
manifestada nas assembleias. Essa entidade tem se constituído no posto avançado
do governo no interior do movimento docente, aderindo de modo subserviente às
proposições e ações do governo federal, em sua postura intransigente na
negociação e de não apresentação de proposta para a Universidade brasileira. No
que se refere à APUB, os docentes, de modo contundente, manifestaram o desejo de
destituir a atual diretoria, pois ela tem adotado posturas e posições que ferem
a democracia sindical, não respeitam as decisões das assembleias e dificultam o
trabalho do comando de greve na condução do movimento grevista.