quinta-feira, 2 de agosto de 2012

A greve continua!



DOCENTES DA UFBA APRESENTAM CONTRAPROPOSTA PARA NEGOCIAÇÃO COM O GOVERNO.  
GREVE DOS DOCENTES DA UFBA CONTINUA APESAR DE DIRETORIA DO SINDICATO ENCAMINHAR CONTRA.

Os professores da Universidade Federal da Bahia reunidos em assembleia, dia 02 de agosto, com a participação de 225 docentes decidiram pela continuidade da greve,  tendo um 1 voto contrário e duas abstenções. Nesta assembleia, os docentes elaboraram ainda uma contraproposta  a ser discutida  na mesa de negociação em Brasília. Nela, os professores reivindicam que a reestruturação da carreira respeite percentuais fixos de Retribuição de Titulação e Regime de Trabalho. Nesta proposta reivindica-se que as classes e níveis não tenham perdas na sua remuneração e efetivamente consigam ganhos salariais reais. Destacou-se ainda que as condições de trabalho sejam contempladas, pois esse é um tema fundamental na pauta dos professores.

A contraproposta é uma tentativa de forçar o governo a dialogar e negociar com a categoria, pois depois de mais de dois meses de greve, o governo afirmou de modo unilateral e sem atender os itens da pauta de reivindicações, que as negociações estavam encerradas. Um forma truculenta e arrogante de se relacionar com os docentes das universidades federais e suas demandas pela recuperação da qualidade da educação superior no Brasil.  

Ainda por ampla maioria, os professores repudiaram a conduta do Proifes-Federação, entidade nacional, que, à revelia das categorias e assembleias, encaminhou pela aceitação e assinatura do acordo com o governo federal. Desconsiderando, portanto, a posição contrária manifestada nas assembleias. Essa entidade tem se constituído no posto avançado do governo no interior do movimento docente, aderindo de modo subserviente às proposições e ações do governo federal, em sua postura intransigente na negociação e de não apresentação de proposta para a Universidade brasileira. No que se refere à APUB, os docentes, de modo contundente, manifestaram o desejo de destituir a atual diretoria, pois ela tem adotado posturas e posições que ferem a democracia sindical, não respeitam as decisões das assembleias e dificultam o trabalho do comando de greve na condução do movimento grevista.